Muitos
são os elogios aos administradores desta cidade berço dos heróis do Jenipapo,
mas também muitas são as críticas a esses mesmo administradores quando se trata
de uma obra que se realiza no açude do centro da cidade, iniciada em pleno mês
de dezembro de 2015, às vésperas de um período chuvoso, ainda que nesse mesmo
período já é de costume, de alguns anos para cá, ser de estiagem, mas tenhamos
fé Deus.
A palavra obra tem inúmeros significados
que dentre eles podemos destacar as palavras: dejeção, dejeto, defecação, evacuação,
construção, edificação, prédio, não
querendo expressar aqui que essa obra que ora se realiza no açude que era
grande se contextualize em alguns desses sinônimos. Deixo aqui para o leitor
sua inteligibilidade quanto ao desenvolver e conclusão dessa obra.
Começaram as obras na água, ou seja,
no açude onde se vê sendo depositado em suas margens o material retirado de seu
leito. Óbvio, por se tratar de um açude urbano, no centro da cidade que não tem
rede de esgotos, há de se concluir que com as águas das chuvas que deságuam no próprio
açude, após percorrer e lavar as ruas das cidades, além das águas subterrâneas
filtradas das fossas sépticas das residências próximas às suas margens, cujas
águas de fossas também pode minar no interior desse açude, entende-se que essa
obra trata-se de uma água na obra, ou seja, no açude.
Mas pensemos e vejamos por outro
ângulo, outro ponto de vista: uma obra feita em um ano eleitoreiro, concomitante
com um período invernoso, sem informação à população de como e para que a feitura
dessa obra, digo sem informação porque não tive conhecimento de nenhuma
informação na imprensa falada ou escrita até esta data, mas se os citadinos
tiverem sido informados, que bom! Mesmo assim convenhamos que se essa obra não
for concluída como pretendem seus idealizadores e feitores, não teremos outra
saída para dizer que essa é uma grande obra na água, e aí, cabe ao leitor
definir o significado da palavra obra.
Antonio Ximenes