Não se subestima a inteligência do ser humano, pois este é o único ser
terreno capaz de criar e de desfazer qualquer coisa. Em um território habitado
por humanos, conhecido como território dos carnaubais, da carne de sol, do bode
e de um açude que era grande deitado no seio desse território, em um campo
maior que a maioria de seus bairros, um açude que serve de depósito de esgotos
da cidade como também de pretensa garantia de empregos concedidos por seus
moradores a uma representação eleita. Mas voltemos ao nosso açude que grande
era. Isso mesmo, açude que era grande até há algumas décadas atrás, o açude de
onde muitas vezes vi e ajudei meus avós retirarem água para o consumo como:
beber, banhar, cozinhar, etc. E ... o tempo passou, passou e o açude regrediu,
encolheu, dividiram-no em dois, construíram e ainda constroem em suas margens.
Mas vejam só, estão aprofundando o açude e, o material de lá retirado estão
apenas removendo para as suas margens. Quão inteligente é o ser humano! Aprofundando o açude e o estreitando, que
possivelmente será soterrado daqui a alguns anos pelo mesmo material que ora retiram,
carreado pelas águas pluviais que das ruas escoam e, ao descer às suas margens,
consigo levam o solo ali acostado.
Não se subestima
a inteligência ou a ignorância humana em benefício próprio, que faz do próximo
sua escada da vida e que, na maioria das vezes ao chegar ao topo cai
drasticamente e aí, nessa queda, não terá mais um açude grande para soerguê-lo,
porque o açude encolheu, está totalmente poluído e não mais é grande, parecendo
até um poço cacimbão.
Estão matando o
açude e, consequentemente, sua fauna, pois a flora já não existe mais em
detrimento do desenvolvimento do bolso de alguém que está reduzindo o açude que
era grande. Parecer ser cômico ou irônico, mas não o é. É triste.
Antonio Ximenes
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