Domingo, dia de se participar de um culto a Deus, de
lavar-se, tirar a sujeira do pecado ou pelos menos reconhecê-lo e nele não permanecer
vestido. Em um certo Domingo estava lá, aquele ser filho de Deus, na igreja
para participar de uma missa. Chegou, entrou, fez o sinal da cruz em sua face
em frente ao Cristo crucificado, depois procurou um lugar para sentar-se. Sentou-se.
Todos lhe olhavam o que o deixava tolhido de expressar qualquer manifestação,
sentindo-se desnudo, pois todos o olhavam como se assim estivesse o que o fez
permanecer cabisbaixo, mas com o pensamento em Deus, nos problemas, nas dores, nas
alegrias, nas tristezas, nas vitórias e também nas derrotas de sua vida, quando a desnudou e dentro dela fez um passeio
para ter um real conhecimento de sua alma.
Então, em
nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo o Padre iniciou a celebração da
missa e o paroquiano começou despir-se, tirando as peças exteriores que o
vestia como o apego aos bens materiais, refletiu: “para que tantos bens, tantas
roupas bonitas, tantos dinheiro se não os levo comigo para a vida eterna?”. A
missa continuou, e o paroquiano permaneceu cabisbaixo, ainda desconfiado do porque
de tanto lhe olharem. Achava-se um extraterrestre. Vieram as leituras bíblicas,
a explanação, a oferta quando se deu a Deus, a homilia. Ajoelhou-se e despiu-se
mais conseguindo ver o seu íntimo onde residia o ódio, o rancor, o desprezo
pelo irmão, pelo próximo e pôde livrar-se de tudo isso, conseguiu erguer a
cabeça e a sua frente estava lá aquele homem que também é Deus. Aquele homem que o
levou até Ele, pregado em um cruz onde morreu na humildade, entre dois ladrões.
“Por que não morrera entre ricos?” Perguntou-se. Senhor tende piedade nós.
Agora, a
Paz de Cristo. O paroquiano sentia-se mais leve, as pessoas já não mais o
olhavam como um estranho, pois tudo aquilo estava apenas em sua mente. Após
tirar toda aquela roupa suja do pecado com a qual entrou na igreja, ficou desnuda
sua alma do pecado. A paz de Cristo o acompanhou e ele foi em paz.
Antonio Ximenes
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