Uma vida submissa
aos anseios de outrem,
no satisfazer de vontades
que me roubam a felicidade
quando fujo de mim.
Não sou eu, sou o outro
para quem vivo e revivo
num mundo sombrio de amor,
disfarçado de clamor,
quando fujo de mim.
O outrem me suga,
pisa, machuca e derruba,
e me afoga na tristeza,
e me tira da alma toda beleza
quando fujo de mim.
São minhas vontades esquecidas
em função do outrem,
que domina minha vida
nesta estrada obscura,
sob uma ditadura,
quando fujo de mim.
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