Ouve-se muito falar através da imprensa sobre sistemas de
cotas para afro-brasileiros e para estudantes de escolas públicas. Mas por quê?
Por que aquinhoar em partes concursos públicos, sejam para universidades, seja
para a admissão em cargos públicos, destinando a determinadas classes étnicas ou
a estudantes de escolar públicas? Seriam
essas pessoas incompetentes? Não estaria aqueles que se empenham em busca de
cotas raciais, com complexo de inferioridade, achando-se o “coitadinho”, ou incompetente
mascarados pelo interesse individual e em busca de proteção nas massas, no
coletivo.
Os afro-brasileiros, os estudantes de escolas públicas ao
se inscreverem em concursos públicos declaram suas origens e por isso são logo
eliminados nas provas, embora consigam aprovações classificatórias dignas de
nomeação, mas mesmo assim, são “descartados”? Não, porque a eles é determinado cotas
de vagas, e não consegue aprovação não é porque são afro-brasileiros,
estudantes de escola públicas, assim como outras pessoas, mas porque são de
classes sociais desfavorecidas, com menos oportunidades de galgar os degraus
sociais porque os favorecidos financeiramente detêm o domínio social.
Nas escolas públicas os alunos são competentes assim como
nas escolas particulares e ambos recebem uma primeira educação no seio familiar.
Nas escolas particulares também tem afro-brasileiros, assim como nas escolas
públicas. Mas o que se leva ao sistema de cotas?. Os professores das escolas
públicas, em sua maioria, também lecionam em escolas particulares e por que
seus discentes seguem rumos diferentes?
Uma conclusão de imediato pode se inferir: Não se é
afro-brasileiro, não se é estudante de escola pública, não se é estudante de
escola particular. É pobre ou rico, favorecido ou desfavorecido financeiramente.
Todos somos competentes, cada qual com seu grau de competência. O que nos falta
são oportunidades, não de cotas, mas de igualdade no processo de aprendizagem
para uma concorrência justa no curso da vida.
Antonio Ximenes