sexta-feira, 5 de maio de 2017

A pão e circo


         O povo faminto quer alimentar-se nem que seja de peixes doados pelo poder publico municipal. O povo quer divertir-se nem que seja em show de artista famoso pago com dinheiro do erário. E assim se inicia este texto, com estas duas assertivas que, na prática, garantem a perpetuidade do administrador em seu trono. Isso mesmo, trono. Nas festividades, o povo esquece das filas do SUS, da educação de péssima qualidade e de que está preso em suas residências, enquanto os marginais ficam soltos sob a garantia do Direito que lhe é dado.
       Recentemente numa cidade do universo via-se por uma das principais praças de eventos uma cena que retrata exatamente o que se expõe no parágrafo acima. Num domingo de páscoa, pós semana santa, após a divisão dos peixes que serviram como iscas para as próximas eleições, lá estava o povo alegre e “sastifeito” (erro propósito), com a barriga cheia e se divertindo. Era uma artista famosa que veio de longe receber o nosso dinheiro, o dinheiro dos nossos impostos. Nada contra, desde que sejam também bem aplicados na saúde, na educação e na segurança. Mas que saúde, se na mesma praça estavam pedintes, alcoólatras, etc.? Mas que educação, se na referida praça não se respeitava o direito do outrem? E onde estava a segurança se na segunda-feira seguinte estavam, no Distrito Policial, vários registros de ocorrências como, lesões, roubos, furtos, brigas, etc?.

        O povo faminto quer saúde, quer educação, quer segurança e quer, principalmente o respeito e dignidade daqueles que administram a cidade. Não que não haja festas, ofertas de comidas. Deve haver, sim, mas sem a intenção de algo em retorno do benefício próprio, com que foi pago com dinheiro do erário. Conhecem o erário? Se não, é falta de conhecimento que pode ser adquirido na experiência de vida ou na escola. Mas não nos preocupemos porque estamos de barriga cheia e nos divertimos bastante. Isso pode ser irônico, mas é importante. Vivemos a pão e circo
Prof. Antonio Ximenes

domingo, 5 de fevereiro de 2017

Subjetiva - Palavra

          
 
          
Palavra, instrumento de comunicação volátil, efêmero e eterno que pode ser constituído apenas de um simples cumprimento pessoal como um “oi”, ou de um texto cuja conclusão deixa alguém “no chão”, pisoteado, cuspido, humilhado, sem que, necessariamente, isso aconteça por meios físicos. Mas pode também elevar a autoestima, curar uma doença, elevar a Deus as pessoas que dele estão necessitando bastante. Pode prender alguém, amar ou desamar, odiar, acariciar, etc. São incontáveis os benefícios ou os malefícios que trazem as palavras. Por sua subjetividade a palavra necessita de contextos em que uma palavra como “ódio” não tem sentido literal de ira, ou ainda a palavra “te amo”, pode não significar que alguém ama alguém. Uma palavra pode ser uma faca que perfura o outrem sem sinal de sangue, mas fere os sentimentos, corta a alma, afoga em lágrimas e isola na solidão. A palavra poder ser uma arma de fogo que quando é disparada contra o outrem este pode vir a óbito por um homicídio ou até mesmo um suicídio. A palavra é volátil quando foge sem controle do locutor, entretanto, dependendo de seu grau de volatilidade pode tornar-se uma bomba; é efêmera porque é passageira. Falou-se, passou, porém suas consequências podem ser desastrosas dependendo do registro que fica na mente de interlocutor, ou mesmo do locutor. É um instrumento de comunicação eterno porque ainda que se diga “até que a morte os separe”, esta expressão fica para sempre nas mente do interlocutor ainda que se separe antes da morte.
       Palavra tem força, deixa no chão pessoas que ouvem de quem ama, uma palavra áspera, perfurocortante, que fere o coração e abate alma. Também a palavra tem poder, o poder do perdão, da conciliação, do “deixa para lá” por que palavras são subjetivas, são compreendidas de formas diferentes por diferentes pessoas.

Antonio Ximenes

A distorção do entendimento do Superior Tribunal Federal transcrito na Súmula 584 sob a égide constitucional dos princípios da anterioridade e irretroatividade.

  Antonio Ximenes de Oliveira Júnior RESUMO : O presente artigo versa sobre a suposição acerca distorção entre os preceitos con...