quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Infeliz Aniversário



            Oito de agosto. Festa em minha cidade, uma cidade de heróis, que na guerra levantou sua voz, e com o sangue derramado, levou o país, então colônia, à condição de libertado.
            Agosto. Para alguns, mês do desgosto, do azar, segundo os supersticiosos que nesta cidade, não esperançosos, festejam seu aniversário, do gari ao empresário vê-se a alegria, com a banda toda inteira com seus componentes animando a festa para alegar a tanta gente.
              E a banda toca uma música para a juventude que diante de tanta atitude, empolga-se, bebe, dança, e a acriança irradia felicidade no aniversário de minha cidade.
           Há campo! Maior é a tua tristeza e daqueles que queriam a beleza, mas viram; viram o fato acontecer, onde um irmão de um lado para outro a correr e derramar seu próprio sangue, não pela liberdade dos heróis, mas dos covardes.
            E a banda continua, a praça é toda sua em festa para agradar os citadinos eleitores e futuros eleitores. É festa! Alegria, alegria! E como diz o jargão popular “panela no fogo, barriga vazia”, mas é festa, festa de aniversário de minha cidade, velhinha, mas não cresceu.
              E a banda continua. É música para todo gosto nestes 7 e 8 de agosto em festa, onde uma vida é ceifada, e a sociedade, calada, comemora o aniversário que tinha tudo para ser feliz e serem apagadas as velas de aniversário, mas uma fatalidade fez que com não se apagassem essas velas, mas as acendessem ao fim da vida de outrem, tornando o aniversário em um infeliz aniversário.

Antonio Ximenes

terça-feira, 7 de abril de 2015

terça-feira, 31 de março de 2015

Desnudo na Igreja


           Domingo, dia de se participar de um culto a Deus, de lavar-se, tirar a sujeira do pecado ou pelos menos reconhecê-lo e nele não permanecer vestido. Em um certo Domingo estava lá, aquele ser filho de Deus, na igreja para participar de uma missa. Chegou, entrou, fez o sinal da cruz em sua face em frente ao Cristo crucificado, depois procurou um lugar para sentar-se. Sentou-se. Todos lhe olhavam o que o deixava tolhido de expressar qualquer manifestação, sentindo-se desnudo, pois todos o olhavam como se assim estivesse o que o fez permanecer cabisbaixo, mas com o pensamento em Deus, nos problemas, nas dores, nas alegrias, nas tristezas, nas vitórias e também nas derrotas de sua vida,  quando a desnudou e dentro dela fez um passeio para ter um real conhecimento de sua alma.
            Então, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo o Padre iniciou a celebração da missa e o paroquiano começou despir-se, tirando as peças exteriores que o vestia como o apego aos bens materiais, refletiu: “para que tantos bens, tantas roupas bonitas, tantos dinheiro se não os levo comigo para a vida eterna?”. A missa continuou, e o paroquiano permaneceu cabisbaixo, ainda desconfiado do porque de tanto lhe olharem. Achava-se um extraterrestre. Vieram as leituras bíblicas, a explanação, a oferta quando se deu a Deus, a homilia. Ajoelhou-se e despiu-se mais conseguindo ver o seu íntimo onde residia o ódio, o rancor, o desprezo pelo irmão, pelo próximo e pôde livrar-se de tudo isso, conseguiu erguer a cabeça e a sua frente estava lá aquele homem que também é Deus. Aquele homem que o levou até Ele, pregado em um cruz onde morreu na humildade, entre dois ladrões. “Por que não morrera entre ricos?” Perguntou-se. Senhor tende piedade nós.
            Agora, a Paz de Cristo. O paroquiano sentia-se mais leve, as pessoas já não mais o olhavam como um estranho, pois tudo aquilo estava apenas em sua mente. Após tirar toda aquela roupa suja do pecado com a qual entrou na igreja, ficou desnuda sua alma do pecado. A paz de Cristo o acompanhou e ele foi em paz.

 

Antonio Ximenes

A distorção do entendimento do Superior Tribunal Federal transcrito na Súmula 584 sob a égide constitucional dos princípios da anterioridade e irretroatividade.

  Antonio Ximenes de Oliveira Júnior RESUMO : O presente artigo versa sobre a suposição acerca distorção entre os preceitos con...