No caminho que margeia o açude
E sem tomada de atitude,
A pedra saiu do caminho
Tem dois buracos no meio do caminho,
O buraco não quis solidão
E quase quebrou uma mão
Na pedra que saiu do caminho
Tem três buracos no meio caminho,
Veio mais um companheiro,
Portanto, sendo o terceiro,
Sem pedra no meio do caminho
Tem vários buracos no meio do caminho
Na alameda marginal do açude
E sem tomada de atitude
As pedras saíram do caminho
Não tem pedra no meio do caminho
Onde passam os viandantes,
Nada mais é como antes,
Na alameda, no caminho.
E nesse campo sem pedras
Um buraco e mais buracos,
Onde caem fortes e fracos
Sem fugir das regras
É Campo, é pedra, é buraco,
É Maior, é cidade, é alameda
Dirceu Arcoverde. Retroceda
Ao tempo do governo. Destaco.
Tem um buraco no meio do caminho
Onde as pedras não residem mais
Onde carros e motos caem demais
Nos buracos do meio do caminho
Por que será que esse buraco
À vista dos que ali deambulam
Na alameda onde confabulam
Sobre a administração do buraco
Não é mais tapado
Com a pedra do meio do caminho
Onde não ando sozinho
Para não ser calado?
Antonio Ximenes