domingo, 27 de janeiro de 2019

Bicho Velho

      

           Foi uma facada, ouvir aquela expressão, sem amor, sem consideração, sem respeito, de quem se compartilha todos os momentos de uma vida: as alegrias, as dores, as tristezas, porém, sem fugir, sem ferir, sem magoar o outrem, e, que, com a alma já enferma, em consequência  de sofrimentos causados por quem tanto considera. São dores que se acumulam ao longo do tempo e que vão enfraquecendo o espírito e a moradia terrena deste mesmo espírito que em algum momento desocupará o corpo em que habita.
            É o bicho homem, capaz de matar sem sangrar, apenas com palavras e atitudes que massacram, não o corpo, mas a alma, deixando a vida opaca, sem alegria, sem felicidade, com apenas a dor da tristeza.
            O velho hábito da humilhação pelo psico, pela moral, com palavras que cortam como uma lâmina de dois gumes.
            Mas o homem, o bicho velho, sim “o bicho velho” teima em ser humilhado, pisoteado por quem não lhe tem mais amor, dó, compaixão e, que aos poucos tira uma vida que era feliz, alegre, mas que se tornou apenas “um bicho velho”. Esta é a expressão.

Antonio Ximenes

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