Quando
criança eu ouvia muito a expressão “andando na pinta” que, conforme meu
entendimento infantil significava andar bem pronto, bem vestido, bem tratado do
corpo; e poderia até ser o último acessório para mulheres andarem na pinta, uma
bolsa.. Ouvia-se também os adultos mandarem a criança masculina que andasse nua,
cobrirem a pinta o que seria vestir-se. Também conhecia e conheço como pinta, filhote
de galinha, ou um sinal, uma pequena
mancha no corpo de uma pessoa, mas deixemos a pinta e vamos para a bolsa que
pode ter valores como acessório feminino.
Ora, a bolsa
está na moda e tem ajudado a muita gente, aos que fabricam e aos que dela
usufruem. Os que fabricam sempre querem um modelo novo. moderno e que esteja na
moda, nem que seja mesmo para garantir uma reeleição. Os que dela usufruem
estão felizes porque tem onde guardar seus objetos pessoais quando estiverem
deambulando; tem garantida uma renda mensal que os torna, talvez, preguiçosos,
no aguardo de mais uma bolsa. E são tantas bolsas, uma para cada ocasião; uma
para cada classe social, desde as bolsas de R$180,00, a mais antiga, mas que
ainda está na moda, até a bolsa de R$2.000,0, que segundo boatos populares está
para ser lançada na próxima moda eleição
2014.
E em que
bolsa combina com pinta? Ora, andar na pinta é andar elegante, especialmente
para o público feminino que adora uma bolsa e, ainda, se a bolsa for ao valor
de R$2.000,00, patrocinada pelo imposto pago por cada cidadão, em garantia de
uma nova vitória. É andar chique demais, mesmo que para se conseguir uma bolsa
desse valor tenha-se que fazer uso degradante do corpo. Isso é andar na pinta.
Não, não
sou irônico, apenas consigo ver a coisas por outro ângulo.
Autor: Antônio Ximenes - Arte: Ximenes JR