Há
quanto tempo não escrevo uma
crítica no obscurantismo do discurso em que alguns chamam de
besteiras, e outros, por falta de instrução, não entendem uma
palavra do que permeia a lição. Há quanto tempo não critico no
íntimo das palavras sarcásticas que meu pensamento libera com
sentidos escondidos como uma fera que ataca sorrateiramente a quem
menos espera. E o tempo passa e as palavras se perdem na efemeridade
a que pertencem, sem um discurso registrado pela escrita. Palavras
bem ditas ou mal ditas, dependendo do ponto de vista de quem as lê.
Se agradam, as palavras
escritas pode-se dizer que quem
as leu tem o espírito crítico,
capaz de ler e compreender o que o discurso não diz,
entretanto se não agradam,
agridem depois que agregam valores outros que fogem à realidade do
sentido das palavras que não
expressam seu sentido literal.
Há
quanto tempo não escrevo, mas falta de assunto não há, bem assim a
falta de tempo, do tempo real em que uma palavra pode ser fatal.
Palavras
se atiram como projéteis de um discurso sarcástico, crítico, mas
camuflado, onde só vê, só entende, quem lê o que não está
escrito. Assim são as palavras
bem ditas ou mal ditas, faladas ou escritas que há muito não
escrevo
Antonio Ximenes