Oito de agosto. Festa em minha cidade, uma cidade de heróis,
que na guerra levantou sua voz, e com o sangue derramado, levou o país, então
colônia, à condição de libertado.
Agosto.
Para alguns, mês do desgosto, do azar, segundo os supersticiosos que nesta
cidade, não esperançosos, festejam seu aniversário, do gari ao empresário vê-se
a alegria, com a banda toda inteira com seus componentes animando a festa para
alegar a tanta gente.
E a banda
toca uma música para a juventude que diante de tanta atitude, empolga-se, bebe,
dança, e a acriança irradia felicidade no aniversário de minha cidade.
Há campo!
Maior é a tua tristeza e daqueles que queriam a beleza, mas viram; viram o fato
acontecer, onde um irmão de um lado para outro a correr e derramar seu próprio sangue,
não pela liberdade dos heróis, mas dos covardes.
E a banda
continua, a praça é toda sua em festa para agradar os citadinos eleitores e
futuros eleitores. É festa! Alegria, alegria! E como diz o jargão popular “panela no fogo, barriga vazia”, mas é
festa, festa de aniversário de minha cidade, velhinha, mas não cresceu.
E a banda
continua. É música para todo gosto nestes 7 e 8 de agosto em festa, onde uma
vida é ceifada, e a sociedade, calada, comemora o aniversário que tinha tudo
para ser feliz e serem apagadas as velas de aniversário, mas uma fatalidade fez
que com não se apagassem essas velas, mas as acendessem ao fim da vida de
outrem, tornando o aniversário em um infeliz aniversário.
Antonio Ximenes