segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Ler e compreender

            “Eu tô te lendo, menino”. Não sou livro, mas com esta expressão minha mãe, que não é letrada na leitura dos livros, conseguia adivinhar meus pensamentos quando eu queria algo e fazia tudo que minha mãe queria que eu fizesse e, assim, eu conseguia realizar minha vontade.
            Segundo Orlando Morais(1997) a leitura envolve em primeiro lugar, a identificação dos símbolos impressos (letras e palavras) e o relacionamento destes com os seus respectivos sons. Mas leitura também significa identificar algo pelas percepções e pelo conhecimento prévio de algum algum objeto, alguma pessoa, algum lugar, uma paisagem, um desenho, estado psiquico como o da alegaria, o da tristeza, o do ódio e outros por mais subjetivos que sejam, o ser humano é capaz de fazer inserções, inferências e decodificar uma leitura, ainda que subjetiva, ms com fundos de verdades.
            Cheguemos, então, a um ponto a que se objetiva este texto opinativo. Ora, metaforicamento dizendo, nossos políticos são livros abertos ao público, pois por suas práticas administrativas na detenção do poder público, é do conhecimento de todos, seus atos, seus objetivos, suas intençoes diante de uma administração de massa que é a de nossa cidade, uma massa populacional capaz de ler e não decodificar a leitura nesses políticos, ou se compreendê-los, esses leitores ou eleiores visam apenas respostas objetivas como o imediato do “toma lá dá cá”, ou seja, “eu, minha família, meu vizinho, meus compadres votamos no o senhor, mas eu queno um emprego para meu afilhado, sobinho, tio, esposa, etc.”, lendo, entendendo e escrevendo na cartilha desses administradores. Mas será mesmo que os leitores/eleitores estão mesmo lendo, compreendendo e escrevendo na cartilha de nossos administradores, ou apenas escrevem sem compreender a leitura como alguns alunos da Educação de Jovens e Adultos que leem bem, entretanto não conseguem decifrar a leitura?
            Minha mãe é analfabeta, mas é sábia. Ela sabia minhas intenções quando criança quando dizia:  “menino, eu tô te lendo”. E eu? Será que eu sei quais são as intençoes dos adminstradores de minha cidade diante de um pleito de quatro anos? Hoje são 31. Amanhã é 2013 e mais de 20 anos de má administração já se passaram.. Muda alguma coisa na administração de minha cidade? Um dito popular; “Escreveu não leu, o pau comeu”,  Mas como escrever sem ler?. Voltemos ao que Orlando Morais diz; “a leitura envolve, em primeiro lugar, a leitura dos símbolos..” e os símbolos que podemos ler em nossos administradores são seu atos como políticos, suas atitudes, seu modo de fazer/não fazer. Leiamos nossos políticos e os compreendamos.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

O fim do mundo


 

            O que muito se comenta ultimamente na imprensa mundial é sobre o final do mundo ditado pela civilização maia em seu calendário. Muitas pessoas estão preocupadas com o final que, segundo o mesmo calendário, está previsto para 21 de dezembro de 2012. Mas será que o mundo acabará mesmo nessa data?
            Ora, vemos constantemente na mesma imprensa que divulga o fim do mundo o fim de muitas pessoas que a cada minuto são baleadas, esfaqueadas, estupradas, sequestradas, etc., neste imenso país que é o Brasil, principalmente nos centros urbanos considerados os mais ricos, onde pessoas querem, a qualquer custo, adquirir dinheiro e bens sem esforços, sem ter trabalhado para isto, ou seja, pela prática delituosa.
            Veem-se pais e mães matando filhos e filhos matando seus genitores e irmãos nos mais truculentos dos crimes como: degolar, rolar ao meio, atear fogo dentre outros crimes que são cometidos e que as autoridades não tem condições de solucioná-los, de apenar os delinquentes, até porque é tanto a prática criminal que não há mais lugar para onde recolher os criminosos, inclusive aqueles criminoso que, de uma vez só matam várias pessoas, direta  ou indiretamente, sem arma de fogo ou branca, mas com a arma da palavra, da corrupção, do roubo do que é público como é o caso das pessoas que são escolhidas para administrarem o país e se aproveitam da oportunidade para enriquecimento ilícito em detrimento de outrem. É o fim do mundo!
            É o fim do mundo quando vejo e ouço na imprensa em geral que homens e mulheres mantêm relações sexuais ao ar livre, ao público. Onde estão nossos valores. Somos seres humanos ou animais irracionais? Em comentário no site de notícias de Campo Maior, (campomaioremfoco), uma pessoa postou o seguinte comentário sobre a reportagem publicada em 19/11/2012, intitulada Imagens de sexo nas ruas da cidade causa polêmica na internet. Eis o comentário: “isto é só o começo! Vem mais. As pessoas estão invertendo as práticas humanas pela dos animais irracionais e achando normal. Deus criou o homem com inteligência e sabedoria. Aos animais Ele os fez diferentes – sem raciocínio lógico. Alguns homens agora acham normal a inversão..”
            É o fim do fim do mundo?
            Na Bíblia está escrito: “o dia e a hora ninguém sabe…” (Mateus 24:36).  “Quando vier o Filho do Homem na sua majestade e todos os anjos com ele, então, se assentará no trono da sua glória; e todas as nações serão reunidas em sua presença, e ele separará uns dos outros, como o pastor separa dos cabritos as ovelhas; e porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos, à esquerda; então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo.” Mateus 25:31-34 
Antonio Ximenes

Era uma vez... E ainda é.

            Era uma vez uma cidadezinha do interior, no norte de um estado que fica no nordeste do Brasil.
            Nessa cidade quase tudo era possível no que se refere ao desrespeito dos direitos do cidadão. Uma boa parte das pessoas pensava apenas em si em prejuízo de outrem.
            Lá nessa cidade os animais: vacas, cavalos, porcos conviviam com os habitantes harmoniosamente, pois as ruas serviam de pastos para os animais e de passeio para as pessoas. As autoridades que administravam essa cidade pareciam não está nem aí para o que estava acontecendo porque, talvez, perdessem algumas regalias, alguns direitos como o direito de receber votos nas próximas eleições.
            Lá nessa cidade havia uma grande avenida com nome de santo, e como toda avenida tinha um calçadão no meio que dividia as pistas de mão e contramão e que, supostamente, esse calçadão que era para servir para as pessoas deambularem o que não acontecia no período noturno, pois esse calçadão servia de ponto de comércio de comidas e bebidas onde outras pessoas iam consumir, estacionando carros no meio da pista de rolamento, um total desrespeito para com os transeuntes que circulavam a pé ou em carros, fato esse que também ocorria no centro da cidade, especificamente em frente às agência de bancos,
            Naquela cidade existia uma lagoa a que seus habitantes chamavam de açude grande, mas que parecia mais uma extensa fossa de dejetos a céu aberto, depósito de lixo, pois era comum vê entulho de lixo caseiro às margens da lagoa, e pior, colocado pelos próprios habitantes daquela urbe onde a BR que a cortava era disputada por veículos e animais sem que ninguém tomasse nenhuma providência nesse campo. Maior mesmo era o descaso das autoridades administradoras que pouco, ou quase nada, investiam no desenvolvimento da cidade nas áreas da saúde, educação, geração de empregos e rendas.
            Os habitantes dessa cidade ainda queriam ser heróis, mas não assumiam esta condição porque eram os primeiros a porem em prática atos que prejudicavam  o andamento da administração daquela cidade.
            E ainda hoje essa cidade é assim. Até do campeonato estadual de futebol seus time não participarão por falta de estádio. Como costuma dizer  o jornalista Boris Casói: “É uma vergonha!”.
 
Antonio Ximenes

sábado, 27 de outubro de 2012

Eu, incompetente?

            Ouve-se muito falar através da imprensa sobre sistemas de cotas para afro-brasileiros e para estudantes de escolas públicas. Mas por quê? Por que aquinhoar em partes concursos públicos, sejam para universidades, seja para a admissão em cargos públicos, destinando a determinadas classes étnicas ou a estudantes de escolar públicas?  Seriam essas pessoas incompetentes? Não estaria aqueles que se empenham em busca de cotas raciais, com complexo de inferioridade, achando-se o “coitadinho”, ou incompetente mascarados pelo interesse individual e em busca de proteção nas massas, no coletivo.
            Os afro-brasileiros, os estudantes de escolas públicas ao se inscreverem em concursos públicos declaram suas origens e por isso são logo eliminados nas provas, embora consigam aprovações classificatórias dignas de nomeação, mas mesmo assim, são “descartados”? Não, porque a eles é determinado cotas de vagas, e não consegue aprovação não é porque são afro-brasileiros, estudantes de escola públicas, assim como outras pessoas, mas porque são de classes sociais desfavorecidas, com menos oportunidades de galgar os degraus sociais porque os favorecidos financeiramente detêm o domínio social.
            Nas escolas públicas os alunos são competentes assim como nas escolas particulares e ambos recebem uma primeira educação no seio familiar. Nas escolas particulares também tem afro-brasileiros, assim como nas escolas públicas. Mas o que se leva ao sistema de cotas?. Os professores das escolas públicas, em sua maioria, também lecionam em escolas particulares e por que seus discentes seguem rumos diferentes?
            Uma conclusão de imediato pode se inferir: Não se é afro-brasileiro, não se é estudante de escola pública, não se é estudante de escola particular. É pobre ou rico, favorecido ou desfavorecido financeiramente. Todos somos competentes, cada qual com seu grau de competência. O que nos falta são oportunidades, não de cotas, mas de igualdade no processo de aprendizagem para uma concorrência justa no curso da vida.
 
Antonio Ximenes

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Cidade-Curral

Campos lindos são os campos de minha cidade, uma cidade com muitos habitantes, entre homens, mulheres e animais ir(racionais) como bovinos, equinos, suínos dentre outros que dividem o espaço urbano com seus donos. Passeando pelas ruas veem-se pessoas fazendo caminhadas, muitos animais pastando pelas ruas, causando acidentes que vitimam pessoas que deambulam.  Grandiosa também é a imprudência de pessoas que pilotam motocicletas e dirigem automóveis e que muito, mas muito pouco mesmo entendem de trânsito.

Campos lindos são os campos de minha cidade, onde brotam muitas ervas, mesmo no período seco, desde as ervas saudáveis até as ervas mais daninhas e estas causando o enriquecimento ilícito de uma minoria e a desgraça dos jovens. Nesses campos, maior é número de pessoas que, mesmo alfabetizados são incapazes de discernir o bom do ruim, embora existam muitas pessoas capazes, mesmo que iletradas, mas detentoras do conhecimento de vida e que não se deixam serem corrompidas por míseros cinquenta reais, ainda que vivendo na miséria face ao descaso dos comparadores de votos.

Campos lindos são os campos de minha cidade, parece mais um curral onde os animais pastam, mas são livres com a liberdade de irem e virem, de escolherem melhor os seus pastos o que não acontece com boa parte dos habitantes humanos que são alienados e tem a mente tolhida, deixando-os direcionados a determinados partidos políticos que amarram o voto (voto de cabresto) dessas pessoas por dinheiro, talvez, por troca de favores ou outros de interesse individual de cada favorecido, não interessando qual será o partido.

Essa é minha cidade um vasto campo, ou um vasto curral onde as ruas servem de campos para os animais pastarem e os partidos políticos servem de estacas para amarrar os eleitores e seus respectivos votos.

Antonio Ximenes

sábado, 8 de setembro de 2012

Cadê Deus?


Cadê Deus nas multidões
Que aos grandes shows seguem
Adorando ídolos, cantores, atores.
E o povo a eles perseguem?

Cadê Deus nas multidões
Que seguem políticos candidatos
Em grandes carreatas?
Não precisam ser beatos.

Cadê Deus nas multidões,
Nas grandes arenas de futebol
Na hora do gol,
Sob a luz do sol?

Cadê Deus no povo de Deus,
Nas extensas procissões,
Nas igrejas, nos lares,
Em todas as ações?

Cadê Deus em mim e em você
Quando se perde a fé?
Na hora da aflição, da alegria.
Cadê Deus? Quem Ele é?

Cadê Deus nas nossas atitudes.
Em todos os momentos,
Na missa, no culto, na mente?
Cadê Deus nos tormentos?
 
Lembremo-nos de Deus, irmão.
Em tudo dito aqui
Então, encontraremos Deus
Em mim e em ti.
 

sábado, 11 de agosto de 2012

Pai. homem chora

Lembro-me eu menino
No quintal de nossa casa
Minha mente me deu asa
Num espaço pequenino
 
Lembro meu pai
Conosco brincando
Três moleques vadiando
Da memória não sai

Eu, meu pai, meu irmão.
Brincando com carrinhos
Era tanto o carinho
Naquele momento de emoção

Emoção, assim descrevo
A minha felicidade
Naquela tenra idade
E um pai que era machão

Brincando com carrinho
Que meu pai fizera
E não se sabia quem era
No momento o brinquedinho.

Seríamos nós o brinquedo
Ou o carrinho de madeira
Feito com tanto zelo
Não daquela maneira
Mas paar atender nosso apelo.

Quando da feitura
Dos carros que brincávamos
Ficamos machucados
Então, chorávamos.
E meu pai: Calados!

Homem não chora
Dizia nosso inspirador.
E nos calamos
Sufocamos nossa dor
Então, continuamos.

Mas o tempo passou
Ficamos adultos, meu pai, avô.
Minha memória me acusa
Uma vida que ficou
num mundo em que se abusa.

Abusa-se de ser criança,
Por ver sempre o novo
A cada dia, a cada momento.
Tudo fica na lembrança
É a memória de um povo.

Hoje, meu pai assim vejo:
Um homem fraco, envelhecido.
Ainda que brinque, enfraquecido.
O que não é o desejo
De um filho envaidecido.

Mas tenho a dizer
Por tudo que já passei
Recordando o passado
Quando estava a sofrer
Não posso ficar calado.

Pai, hoje quando te vejo.
Em momento de doença,
Em momento de fraqueza.
Cadê tua fortaleza
Que me dava uma crença
Que saciava meu desejo?

Pai, posso dizer-te agora
Nestes versos mal escritos
Com muita felicidade
Mesmo sob o peso da idade
Homem que é homem chora.

sábado, 4 de agosto de 2012

Polintíadas 2012


               Polintíadas, esta palavra não existe no vernáculo português do Brasil. É um neologismo criado por mim pra intitular este artigo. Vejamos:
                Olimpíadas, agora em Londres, na Inglaterra, é um evento esportivo mundial em que pessoas de diferentes nações buscam ser os melhores e, consequentemente, ser recompensados com o ouro, prata ou bronze, conforme sua competência, desempenho e classificação.
                Política eleitoreira, é o que estamos vivendo agora. Neste evento municipal/nacional pessoas, inclusive cassadas e não achadas, caçam o ouro, preferencialmente, pois a prata e o bronze não lhes tem nenhum valor. Nesta concorrência o que vale não é deixar o outro para trás como nas olimpíadas, mas passar o outro para trás.
                Nas olimpíadas vê-se uma confraternização universal, onde todos se unem para mostrar suas competências esportivas, visando não apenas ser o melhor, mas participar.
                Na política em comento não interessa apenas participar o que interessa é o ouro do erário público, status do poder governamental. Não interessa apenas ser o mandatário de um povo, mas o mandante, o detentor de decisões políticas que visem (e era para ser assim) o bem estar sociopolítico e financeiro desse povo.
                Na política eleitoreira, ao contrário das olimpíadas, tem-se um desfraternização municipal em que pessoas se desunem para formação de novos grupos no intuito de mostrarem suas (in)competências administrativas visando não apenas o melhor para si, mas para todos que o cercam por barganhas futuras, em caso de vitória.
                Essas são as polintíadas, política como olimpíada de apenas um jogo, não esportivo como as olimpíadas, mas um jogo político de concorrências numa corrida em busca de “ouro”, que é o erário público, e nessa corrida vale tudo de ilegal e de imoral. Esquece-se que é humano.

domingo, 15 de julho de 2012

É FESTA

É festa junina
De convenções políticas-partidárias
É festa junina de quadrilhas.
De quadrilhas?

E o povo dança.
Na festa junina?
Na festa de convenções políticas-partidárias?
E as quadrilhas?
Classe minoritária.

E as quadrilhas
Fazem a festa
Junina ou Juliana.
É festa, muitos votos.
E ao povo se engana

A dança continua
Na festa, na rua.
Pra você.
É a dança, é a festa.
É quadrilha.... Anarriê!

É Antonio, digo, Santo Antonio
É São Paulo, digo, São Pedro.
É São João! João?...
É Quadrilha!
Viva a festa junina, Juliana,
Agustina, setembrina, outubrina.
Ninguém se engana.

É o povo.
E a festa acabou.
E a quadrilha? Continuou.
É voto é festa.

Viva as quadrilhas!
Viva o povo!
De novo?




domingo, 1 de julho de 2012

Bandido Bom, Bandido Morto?


            Costumo, pela manhã, ligar meu rádio para ouvir notícias, principalmente sobre a política de minha cidade, o que foi questionado. Também foi questionado sobre a bandidagem, quando um ouvinte ligou para a emissora de rádio e passou a comentar sobre a ineficiência da polícia para desvendar alguns casos de crimes insolúveis no Piauí, questionando, inclusive, também a ineficácia do judiciário e, aí foi posto em debate a questão da punição para criminosos com pena de morte, pois segundo o interlocutor “bandido bom, é bandido morto”, o que foi ratificado pelo locutor, inclusive acrescentando este que, caso isso ocorra talvez ficaremos sem políticos, entretanto isso jamais acontecerá, pois nossos políticos não cometeriam suicídio ao criarem leis para prejudicá-los.
            Depois de ouvir essa notícia fui para meu trabalho, onde lido com leis diariamente, sendo um servidor do judiciário, e o que me deixou muito triste ver dois carros de polícia chegarem lotados de presos amarrados como animais, piados os pés e as mãos. Saíram dos carros,  escoltados por policiais, em fila única, arrastando correntes. Eram muitos policiais, parecia uma operação de guerra, mas o que embargou a minha voz foi ver aqueles seres humanos adentrarem no fórum, em fila indiana para prestarem depoimentos, mas mais parecia que iram para um abatedouro. Iam ser submetidos aos ditames da Lei interpretada por outro ser humano que representa o Estado.
            Esses homens, jovens, já estão condenados à pena de morte que lhes impôs a sociedade, a família, de cujo seio vem a principal educação; a família que serve de espelho para esses jovens delinquentes. Que pena da morte dessas pessoas que morreram, mas ainda estão vivos; morreram, talvez, até para si.
            Bandido bom, bandido morto?

domingo, 8 de abril de 2012

Cidade com depressão

            Depressão. segundo o dicionário é abaixamento de nível, enfraquecimento, abatimento físico ou moral, mas cheguemos a uma cidade em que essa palavra se contextualiza em um campo maior.
            Ora, o desmando político e administrativo de uma cidade leva-a a vários problemas como falta de assistência à saúde, carência de iluminação pública ainda que se pague uma taxa correspondente; falta de limpeza pública devido à má administração e má educação de seus habitantes que despejam lixo nas ruas, demonstrando assim, talvez, a insatisfação aos atos dos governantes municipais.
             A minha cidade é "linda", é um floresta e ao mesmo tempo um depósito de lixo que se concilia pelo contraste de buracos nas ruas, dando, portanto, uma tonalidade de cores mortas, ainda que o verde seja uma cor viva, mas doente. È uma verdadeira "obra de arte" desprezada por todos que a administram, inclusive por moradores que depositam o lixo nas vias públicas.
A saúde está doente, pois o que se vê são postos de atendimento médico fechados, sem atendimento, abandonados.
Tudo isso é ouvido nas emissoras de rádios dos grupos políticos de minha cidade e não são somente os locutores que denunciam, mas a população também, quando incitados a se manifestarem e que depõem o que por eles é vivenciado.
Passeando pelas ruas esburacadas de minha cidade vejo que as coisas não são bem assim porque a está mudando, principalmente com relação ao trânsito, pois foi feita uma sinalização nas principais ruas. Colocaram placas, faixas invisíveis para pedestres...
             PARE. Não se anime porque a cidade também reclama. Exemplo disto são as inúmeras placas de trânsito indicando depressão em cada esquina. A cidade está triste
A minha cidade está com depressão

Autor:  Antonio Ximenes

domingo, 11 de março de 2012

A menina que trepava na árvore

Era o costume daquela linda menina, todos os dias, no ocaso, trepar naquela árvore frondosa, toda esgalhada, e desses galhos observar o que acontecia em sua volta. Vestida de inteligência e maquilada de sabedoria a menina cujo nome era Espertina não tinha mais forças físicas de tanto trepar na árvore, entretanto sua inteligência era tanta que da árvore via a corrupção lá distante, em um prédio no meio de uma praça. Via que o dinheiro que era tomado de seus pais e de toda a vizinhança era aplicado em bolsos de valores que guardavam muitas decisões desagradáveis .

Espertina ansiava vê coisas boas e as via, como por exemplos diversas casas onde se aglomeravam pessoas, e essas pessoas cantavam e oravam, pois Esperfina, de lá da árvore, ouvia. Ouvia e via fogos no ar, comemorando a vitória de uns e a derrota de outros, a ganância pela individualização do que é publico, do dinheiro arrecadado dos impostos que os pais e os vizinhos de Espertina pagavam, mas Espertina não gozava de nenhum benéfico como iluminação pública, assistência à saúde, uma boa educação. Ainda bem que Espertina era uma menina inteligente e esperta, e ao trepar na árvore, protegia-se bastante, usando uma camisinha que lhe dera sua mãe para protegê-la do sereno noturno.

Espertina era useira em trepar na árvore. Em outra trepada sua na árvore avistou outro prédio mais além e constatou que nesse prédio havia várias pessoas, sendo uma delas colocada por seu pai na eleição passada. Ouviu dizer que essas pessoas que avistou naquele prédio, que chegou a contar até nove, eram pessoas venais, que por dinheiro faziam qualquer coisa, até servir de capacho. È ano de eleição e a garota pensou logo que essas pessoas em breve voltariam á sua casa, à casa de seus pais e de seus vizinhos com um dinheirinho para brindá-los e pedir um votinho.

Por acaso, ainda trepando na árvore, pois era todos os dias, no crepúsculo, que Espertina trepava, ela avistou outro prédio, e nesse prédio alguns homens de preto tomavam decisões. Mas que decisões, se essas decisões eram discutidas e recorridas, recorridas, recorridas e não davam em nada. Mas como Espertina trepava cotidianamente naquele árvore viu as coisas mudarem, pelo menos nesse último prédio, pois já conseguia ver saírem desses prédio algumas punições, mesmo que ainda suaves, mas saíam.

Então, Espertina cresceu trepando na árvore sem despir-se de sua inteligência, mas tornou-se mais uma vítima, pois faltavam noves meses para que ela contribuísse para o desmando administrativo, porém ela era inteligente e deu à luz a uma nova ideia para clareasse a mente de todos, conscientizando-os a escolherem os dirigentes de sua cidade.

Pena que, talvez, a ideia de Espertina não prospere porque o dinheiro eleva o ser humano assim como também o deixa em condição ignominiosa de decadência e humilhação.

Autor: Antonio Ximenes de Oliveira

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

U Licho



O ser é humano, do lixo
denunciante, do lixo.
O ser é humano e tem direito.
sem lixo.

 Denúncia, dengue, lixo
Município, Secretaria, porcaria
Denúncia do lixo.
Dengue, humano sujo
Lixo do humano

Continua...

Em código, lógico, retaliações
Em código, perseguição
Lógico, denunciação
Retaliações, punições.

Lixo, feiúra,
Praça, prefeitura,
Secretaria, de saúde,
Amiúde, lixo.


Denunciante, praticante
do lixo em público.

Continua...


Pedido providência.
Promessa, pendência,
Sem cumprimento
Secretaria, nada de obras
e continua o lixo, sobras.

Sobras de árvores, gramas.
Drama, continua o lixo.
Administração, lixo
Que vergonha!!
Citadino “pamonha”?
Não. Administração, ingerência.
Urgência, o lixo!
U Licho.

A distorção do entendimento do Superior Tribunal Federal transcrito na Súmula 584 sob a égide constitucional dos princípios da anterioridade e irretroatividade.

  Antonio Ximenes de Oliveira Júnior RESUMO : O presente artigo versa sobre a suposição acerca distorção entre os preceitos con...