sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Então é natal.

           “Então é natal, e que você fez? Foi à praça outra vez” E assim começamos nosso pequeno discurso em texto escrito falando de uma natal onde, sob um calor de quase 40 graus nevou nesta cidade alvissareira, promissora, em praça pública, em um pequeno cenário representativo do natal, onde os anjos, e note-se, em quatro, não eram magros, eram nordestinos, pois tinha até um banda de forró pé-de-serra, Jesus nasceu em Campo Maior, e no dia de seu nascimento estava lá, aqueles anjos com seus instrumentos musicais: um zabumba, uma sanfona, um triângulo e um pandeiro, ensaiando o cântico de natal piauiês. Mas não era só. Nesse cenário se apresentava também um papai Não É, ou, papai Noel dos outros, além de sua esposa, a mamãe Noélia. Havia, ainda, naquele pequeno cenário uns anões, e por pouco pensei que estava em Itabaianinha, cidade brasileira dos anões. Ainda, caminhando na linha do tempo, vindo lá do nascimento de Jesus, passando pelo motivador comercial que é o Noel, chegamos ao descobrimento do Brasil, à época de Cabral que, inclusive, hoje, quando estava cortando o cabelo, lá no salão estavam alguns senhores comentando sobre a festa da virada, não do barco com escravos, mas da virada de ano, onde o animador da festa será Cabral com alguns mordidas, só que de amor. Não, não tem escravos. Ou tem? Ora, voltando aqui novamente na linha do tempo, ao nascimento do Cristo, sobre este nascimento já ouvi falar que Cristo não nasceu em Dezembro, mas em Outubro, e que essa comemoração em Dezembro foi a igreja que criou para acabar com um festival pagão do Sol Invicto, que havia em Roma. Outra coisa que me chamou atenção foi os animais que puxam o trenó, as renas do comerciante Noel, pois para andar mais rápido sem sair do lugar, lá estavam alguns garças que saíram do açude para puxar o trenó de Noel. Essa é minha Campo Maior, cidade alvissareira, altaneira e criateira, ou, digo, criativa.
Antonio Ximenes

domingo, 15 de outubro de 2017

Ser criança

          Ser criança, ser sem malícia, mas fácil de ser ludibriado pelo adulto a quem uma criança deposita toda confiança e o tem como protetor, como herói. Uma criança se molda aos ditames do ambiente de convívio que lhe servirá de espelho para a vida futura, e nesse contexto ambiental se insere a família, a escola, os coleguinhas, etc. Uma criança pode ser manipulada com facilidade.
          Nós adultos, óbvio, já fomos crianças e muitos de nós ainda temos nossas criancices de acreditar em papai Noel, mula sem cabeça, saci Pererê e até em ganhar presentes no dia das crianças.
             Mas neste mundo para tudo tem que ter um retorno, pois uma criança mal comportada, mal educada dificilmente ganhará presentes, entretanto, em troca de bom comportamento, de boa educação a criança receberá, como prêmio, presentes no dia das crianças. Também uma criança pode ganhar presentes em garantia de um comportamento futuro breve. Crianças são iludidas até quando virem uma máquina voadora no ar, em voos rasantes, e, algumas, sem conhecimentos educacionais gritam: “ Óia uma ariocopo”, e mais felizes ficam quando esta máquina está a distribuir presentes. E com esses pequenos inocentes se juntam algumas pessoas, também carentes do conhecimento, ou seja, iletradas, ou de pouco letramento, olhando pra cima, com pescoço cansado assim como sua vida, admirando aquele OVNI a distribuir presentes, a gritarem, “rai lá minino, pega um presente pra tu também, muleque!”, não sabendo essas adultas crianças que para toda ida existe uma volta. E qual é o retorno que se espera de uma situação como esta, em 12/outubro/2017, dessas crianças? Terão que ser bem comportadas e obedientes?
Antonio Ximenes

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domingo, 3 de setembro de 2017

Há muito não escrevo

        Há quanto tempo não escrevo uma crítica no obscurantismo do discurso em que alguns chamam de besteiras, e outros, por falta de instrução, não entendem uma palavra do que permeia a lição. Há quanto tempo não critico no íntimo das palavras sarcásticas que meu pensamento libera com sentidos escondidos como uma fera que ataca sorrateiramente a quem menos espera. E o tempo passa e as palavras se perdem na efemeridade a que pertencem, sem um discurso registrado pela escrita. Palavras bem ditas ou mal ditas, dependendo do ponto de vista de quem as lê. Se agradam, as palavras escritas pode-se dizer que quem as leu tem o espírito crítico, capaz de ler e compreender o que o discurso não diz, entretanto se não agradam, agridem depois que agregam valores outros que fogem à realidade do sentido das palavras que não expressam seu sentido literal.
         Há quanto tempo não escrevo, mas falta de assunto não há, bem assim a falta de tempo, do tempo real em que uma palavra pode ser fatal.
          Palavras se atiram como projéteis de um discurso sarcástico, crítico, mas camuflado, onde só vê, só entende, quem lê o que não está escrito. Assim são as palavras bem ditas ou mal ditas, faladas ou escritas que há muito não escrevo

Antonio Ximenes

sexta-feira, 5 de maio de 2017

A pão e circo


         O povo faminto quer alimentar-se nem que seja de peixes doados pelo poder publico municipal. O povo quer divertir-se nem que seja em show de artista famoso pago com dinheiro do erário. E assim se inicia este texto, com estas duas assertivas que, na prática, garantem a perpetuidade do administrador em seu trono. Isso mesmo, trono. Nas festividades, o povo esquece das filas do SUS, da educação de péssima qualidade e de que está preso em suas residências, enquanto os marginais ficam soltos sob a garantia do Direito que lhe é dado.
       Recentemente numa cidade do universo via-se por uma das principais praças de eventos uma cena que retrata exatamente o que se expõe no parágrafo acima. Num domingo de páscoa, pós semana santa, após a divisão dos peixes que serviram como iscas para as próximas eleições, lá estava o povo alegre e “sastifeito” (erro propósito), com a barriga cheia e se divertindo. Era uma artista famosa que veio de longe receber o nosso dinheiro, o dinheiro dos nossos impostos. Nada contra, desde que sejam também bem aplicados na saúde, na educação e na segurança. Mas que saúde, se na mesma praça estavam pedintes, alcoólatras, etc.? Mas que educação, se na referida praça não se respeitava o direito do outrem? E onde estava a segurança se na segunda-feira seguinte estavam, no Distrito Policial, vários registros de ocorrências como, lesões, roubos, furtos, brigas, etc?.

        O povo faminto quer saúde, quer educação, quer segurança e quer, principalmente o respeito e dignidade daqueles que administram a cidade. Não que não haja festas, ofertas de comidas. Deve haver, sim, mas sem a intenção de algo em retorno do benefício próprio, com que foi pago com dinheiro do erário. Conhecem o erário? Se não, é falta de conhecimento que pode ser adquirido na experiência de vida ou na escola. Mas não nos preocupemos porque estamos de barriga cheia e nos divertimos bastante. Isso pode ser irônico, mas é importante. Vivemos a pão e circo
Prof. Antonio Ximenes

domingo, 5 de fevereiro de 2017

Subjetiva - Palavra

          
 
          
Palavra, instrumento de comunicação volátil, efêmero e eterno que pode ser constituído apenas de um simples cumprimento pessoal como um “oi”, ou de um texto cuja conclusão deixa alguém “no chão”, pisoteado, cuspido, humilhado, sem que, necessariamente, isso aconteça por meios físicos. Mas pode também elevar a autoestima, curar uma doença, elevar a Deus as pessoas que dele estão necessitando bastante. Pode prender alguém, amar ou desamar, odiar, acariciar, etc. São incontáveis os benefícios ou os malefícios que trazem as palavras. Por sua subjetividade a palavra necessita de contextos em que uma palavra como “ódio” não tem sentido literal de ira, ou ainda a palavra “te amo”, pode não significar que alguém ama alguém. Uma palavra pode ser uma faca que perfura o outrem sem sinal de sangue, mas fere os sentimentos, corta a alma, afoga em lágrimas e isola na solidão. A palavra poder ser uma arma de fogo que quando é disparada contra o outrem este pode vir a óbito por um homicídio ou até mesmo um suicídio. A palavra é volátil quando foge sem controle do locutor, entretanto, dependendo de seu grau de volatilidade pode tornar-se uma bomba; é efêmera porque é passageira. Falou-se, passou, porém suas consequências podem ser desastrosas dependendo do registro que fica na mente de interlocutor, ou mesmo do locutor. É um instrumento de comunicação eterno porque ainda que se diga “até que a morte os separe”, esta expressão fica para sempre nas mente do interlocutor ainda que se separe antes da morte.
       Palavra tem força, deixa no chão pessoas que ouvem de quem ama, uma palavra áspera, perfurocortante, que fere o coração e abate alma. Também a palavra tem poder, o poder do perdão, da conciliação, do “deixa para lá” por que palavras são subjetivas, são compreendidas de formas diferentes por diferentes pessoas.

Antonio Ximenes

A distorção do entendimento do Superior Tribunal Federal transcrito na Súmula 584 sob a égide constitucional dos princípios da anterioridade e irretroatividade.

  Antonio Ximenes de Oliveira Júnior RESUMO : O presente artigo versa sobre a suposição acerca distorção entre os preceitos con...