quarta-feira, 25 de maio de 2016

Uma criança: um papel em branco ou o reflexo de um espelho?


Muito se tem discutido sobre os direitos da criança e do adolescente, direitos estes que se manipulam pelo Estado e pela sociedade e adentram no seio familiar. Ao contrário de outros tempos passados, tudo acontece rapidamente, quando se pensa realizar algo o tempo já passou. Isso por conta da globalização, da informação instantânea. E a criança e o adolescente como produto desse meio seriam as primeiras páginas em branca de um livro da vida humana, onde se escreve, e se não gostou da escrita, apaga-se, ou o reflexo de um espelho onde o espelho é a sociedade, a família, e nesse espelho se molda o feio e o bonito, o bom e o ruim?
Ora, desde criança vivenciei e vejo atitudes em nada legais e os desmandos do tratamento dado à criança e ao adolescente (eu nem sabia se existia adolescência), e percebo como tudo isso mudou, até por que as crianças do meu tempo, hoje, adultos, não querem dá a seus filhos aquilo que receberam como educação quando criança, à exceção do que consideram como bom. Lembro-me que fazia parte da educação que recebi quando criança, apanhar, ser penalizado pelo “meu erro”, inclusive na escola, quando, na década de 70, no interior do Maranhão, às quintas-feiras, ainda lembro, era o dia de argumento em que o “mestre” colocava os alunos em fila, e, com uma palmatória em punho argumentava sobre a Tabuada. Nesse tempo eu não tinha conhecimento do direito da criança e do adolescente, pois nem sabia que existia.
Hoje, com o esclarecimento que tenho, até como próprio ator, membro da sociedade e da família, na garantia dos direitos da criança e do adolescente, vejo o quanto foi o progresso nesses direitos e como são garantidos, e tudo isso em consequência da vigilância social e do Estado na garantia deles, inclusive na promoção de um curso em que se aprimoram os conhecimentos e promove atividades para melhoramento da prática que norteia rumos para a mudança de conceitos que viabilizarão a atuação no trabalho, bem assim na vida pessoal e social, cabendo a cada um e ao coletivo o papel de fiscalizador, mas não só fiscalizador como também praticante de atitudes na execução dos direitos da criança e do adolescente.

Antonio Ximenes


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