domingo, 10 de janeiro de 2016

O açude que era grande: uma obra na água ou água na obra?



            Muitos são os elogios aos administradores desta cidade berço dos heróis do Jenipapo, mas também muitas são as críticas a esses mesmo administradores quando se trata de uma obra que se realiza no açude do centro da cidade, iniciada em pleno mês de dezembro de 2015, às vésperas de um período chuvoso, ainda que nesse mesmo período já é de costume, de alguns anos para cá, ser de estiagem, mas tenhamos fé Deus.
            A palavra obra tem inúmeros significados que dentre eles podemos destacar as palavras: dejeção, dejeto, defecação, evacuação, construção, edificação, prédio, não querendo expressar aqui que essa obra que ora se realiza no açude que era grande se contextualize em alguns desses sinônimos. Deixo aqui para o leitor sua inteligibilidade quanto ao desenvolver e conclusão dessa obra.
            Começaram as obras na água, ou seja, no açude onde se vê sendo depositado em suas margens o material retirado de seu leito. Óbvio, por se tratar de um açude urbano, no centro da cidade que não tem rede de esgotos, há de se concluir que com as águas das chuvas que deságuam no próprio açude, após percorrer e lavar as ruas das cidades, além das águas subterrâneas filtradas das fossas sépticas das residências próximas às suas margens, cujas águas de fossas também pode minar no interior desse açude, entende-se que essa obra trata-se de uma água na obra, ou seja, no açude.
            Mas pensemos e vejamos por outro ângulo, outro ponto de vista: uma obra feita em um ano eleitoreiro, concomitante com um período invernoso, sem informação à população de como e para que a feitura dessa obra, digo sem informação porque não tive conhecimento de nenhuma informação na imprensa falada ou escrita até esta data, mas se os citadinos tiverem sido informados, que bom! Mesmo assim convenhamos que se essa obra não for concluída como pretendem seus idealizadores e feitores, não teremos outra saída para dizer que essa é uma grande obra na água, e aí, cabe ao leitor definir o significado da palavra obra.

Antonio Ximenes

domingo, 3 de janeiro de 2016

O açude que era grande

                Não se subestima a inteligência do ser humano, pois este é o único ser terreno capaz de criar e de desfazer qualquer coisa. Em um território habitado por humanos, conhecido como território dos carnaubais, da carne de sol, do bode e de um açude que era grande deitado no seio desse território, em um campo maior que a maioria de seus bairros, um açude que serve de depósito de esgotos da cidade como também de pretensa garantia de empregos concedidos por seus moradores a uma representação eleita. Mas voltemos ao nosso açude que grande era. Isso mesmo, açude que era grande até há algumas décadas atrás, o açude de onde muitas vezes vi e ajudei meus avós retirarem água para o consumo como: beber, banhar, cozinhar, etc. E ... o tempo passou, passou e o açude regrediu, encolheu, dividiram-no em dois, construíram e ainda constroem em suas margens. Mas vejam só, estão aprofundando o açude e, o material de lá retirado estão apenas removendo para as suas margens. Quão inteligente é o ser humano!  Aprofundando o açude e o estreitando, que possivelmente será soterrado daqui a alguns anos pelo mesmo material que ora retiram, carreado pelas águas pluviais que das ruas escoam e, ao descer às suas margens, consigo levam o solo ali acostado.
                Não se subestima a inteligência ou a ignorância humana em benefício próprio, que faz do próximo sua escada da vida e que, na maioria das vezes ao chegar ao topo cai drasticamente e aí, nessa queda, não terá mais um açude grande para soerguê-lo, porque o açude encolheu, está totalmente poluído e não mais é grande, parecendo até um poço cacimbão.

                Estão matando o açude e, consequentemente, sua fauna, pois a flora já não existe mais em detrimento do desenvolvimento do bolso de alguém que está reduzindo o açude que era grande. Parecer ser cômico ou irônico, mas não o é. É triste.

Antonio Ximenes

A distorção do entendimento do Superior Tribunal Federal transcrito na Súmula 584 sob a égide constitucional dos princípios da anterioridade e irretroatividade.

  Antonio Ximenes de Oliveira Júnior RESUMO : O presente artigo versa sobre a suposição acerca distorção entre os preceitos con...