terça-feira, 31 de março de 2015

Desnudo na Igreja


           Domingo, dia de se participar de um culto a Deus, de lavar-se, tirar a sujeira do pecado ou pelos menos reconhecê-lo e nele não permanecer vestido. Em um certo Domingo estava lá, aquele ser filho de Deus, na igreja para participar de uma missa. Chegou, entrou, fez o sinal da cruz em sua face em frente ao Cristo crucificado, depois procurou um lugar para sentar-se. Sentou-se. Todos lhe olhavam o que o deixava tolhido de expressar qualquer manifestação, sentindo-se desnudo, pois todos o olhavam como se assim estivesse o que o fez permanecer cabisbaixo, mas com o pensamento em Deus, nos problemas, nas dores, nas alegrias, nas tristezas, nas vitórias e também nas derrotas de sua vida,  quando a desnudou e dentro dela fez um passeio para ter um real conhecimento de sua alma.
            Então, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo o Padre iniciou a celebração da missa e o paroquiano começou despir-se, tirando as peças exteriores que o vestia como o apego aos bens materiais, refletiu: “para que tantos bens, tantas roupas bonitas, tantos dinheiro se não os levo comigo para a vida eterna?”. A missa continuou, e o paroquiano permaneceu cabisbaixo, ainda desconfiado do porque de tanto lhe olharem. Achava-se um extraterrestre. Vieram as leituras bíblicas, a explanação, a oferta quando se deu a Deus, a homilia. Ajoelhou-se e despiu-se mais conseguindo ver o seu íntimo onde residia o ódio, o rancor, o desprezo pelo irmão, pelo próximo e pôde livrar-se de tudo isso, conseguiu erguer a cabeça e a sua frente estava lá aquele homem que também é Deus. Aquele homem que o levou até Ele, pregado em um cruz onde morreu na humildade, entre dois ladrões. “Por que não morrera entre ricos?” Perguntou-se. Senhor tende piedade nós.
            Agora, a Paz de Cristo. O paroquiano sentia-se mais leve, as pessoas já não mais o olhavam como um estranho, pois tudo aquilo estava apenas em sua mente. Após tirar toda aquela roupa suja do pecado com a qual entrou na igreja, ficou desnuda sua alma do pecado. A paz de Cristo o acompanhou e ele foi em paz.

 

Antonio Ximenes

Nenhum comentário:

A distorção do entendimento do Superior Tribunal Federal transcrito na Súmula 584 sob a égide constitucional dos princípios da anterioridade e irretroatividade.

  Antonio Ximenes de Oliveira Júnior RESUMO : O presente artigo versa sobre a suposição acerca distorção entre os preceitos con...