sábado, 11 de agosto de 2012

Pai. homem chora

Lembro-me eu menino
No quintal de nossa casa
Minha mente me deu asa
Num espaço pequenino
 
Lembro meu pai
Conosco brincando
Três moleques vadiando
Da memória não sai

Eu, meu pai, meu irmão.
Brincando com carrinhos
Era tanto o carinho
Naquele momento de emoção

Emoção, assim descrevo
A minha felicidade
Naquela tenra idade
E um pai que era machão

Brincando com carrinho
Que meu pai fizera
E não se sabia quem era
No momento o brinquedinho.

Seríamos nós o brinquedo
Ou o carrinho de madeira
Feito com tanto zelo
Não daquela maneira
Mas paar atender nosso apelo.

Quando da feitura
Dos carros que brincávamos
Ficamos machucados
Então, chorávamos.
E meu pai: Calados!

Homem não chora
Dizia nosso inspirador.
E nos calamos
Sufocamos nossa dor
Então, continuamos.

Mas o tempo passou
Ficamos adultos, meu pai, avô.
Minha memória me acusa
Uma vida que ficou
num mundo em que se abusa.

Abusa-se de ser criança,
Por ver sempre o novo
A cada dia, a cada momento.
Tudo fica na lembrança
É a memória de um povo.

Hoje, meu pai assim vejo:
Um homem fraco, envelhecido.
Ainda que brinque, enfraquecido.
O que não é o desejo
De um filho envaidecido.

Mas tenho a dizer
Por tudo que já passei
Recordando o passado
Quando estava a sofrer
Não posso ficar calado.

Pai, hoje quando te vejo.
Em momento de doença,
Em momento de fraqueza.
Cadê tua fortaleza
Que me dava uma crença
Que saciava meu desejo?

Pai, posso dizer-te agora
Nestes versos mal escritos
Com muita felicidade
Mesmo sob o peso da idade
Homem que é homem chora.

sábado, 4 de agosto de 2012

Polintíadas 2012


               Polintíadas, esta palavra não existe no vernáculo português do Brasil. É um neologismo criado por mim pra intitular este artigo. Vejamos:
                Olimpíadas, agora em Londres, na Inglaterra, é um evento esportivo mundial em que pessoas de diferentes nações buscam ser os melhores e, consequentemente, ser recompensados com o ouro, prata ou bronze, conforme sua competência, desempenho e classificação.
                Política eleitoreira, é o que estamos vivendo agora. Neste evento municipal/nacional pessoas, inclusive cassadas e não achadas, caçam o ouro, preferencialmente, pois a prata e o bronze não lhes tem nenhum valor. Nesta concorrência o que vale não é deixar o outro para trás como nas olimpíadas, mas passar o outro para trás.
                Nas olimpíadas vê-se uma confraternização universal, onde todos se unem para mostrar suas competências esportivas, visando não apenas ser o melhor, mas participar.
                Na política em comento não interessa apenas participar o que interessa é o ouro do erário público, status do poder governamental. Não interessa apenas ser o mandatário de um povo, mas o mandante, o detentor de decisões políticas que visem (e era para ser assim) o bem estar sociopolítico e financeiro desse povo.
                Na política eleitoreira, ao contrário das olimpíadas, tem-se um desfraternização municipal em que pessoas se desunem para formação de novos grupos no intuito de mostrarem suas (in)competências administrativas visando não apenas o melhor para si, mas para todos que o cercam por barganhas futuras, em caso de vitória.
                Essas são as polintíadas, política como olimpíada de apenas um jogo, não esportivo como as olimpíadas, mas um jogo político de concorrências numa corrida em busca de “ouro”, que é o erário público, e nessa corrida vale tudo de ilegal e de imoral. Esquece-se que é humano.

A distorção do entendimento do Superior Tribunal Federal transcrito na Súmula 584 sob a égide constitucional dos princípios da anterioridade e irretroatividade.

  Antonio Ximenes de Oliveira Júnior RESUMO : O presente artigo versa sobre a suposição acerca distorção entre os preceitos con...